quinta-feira, 31 de maio de 2012

Problemas com mestras ...

Um ou dois dias antes de se ter iniciado o periodo anormal de chuvas fora de época que esta primavera nos proporcionou, encontrei numa colmeia "vazia" e que me preparava para limpar para usar em desdobramentos, uma pequena garfa (para quem não está familiarizado com a terminologia, garfa é um pequeno enxame) que se tinha instalado dentro dessa colmeia e até já tinha criado um favo já com alguma dimensão.

(o resto das fotos não tem qualidade, nesta pode ver-se que embora não picando uma mestra tenta usar o aparelho bucal para morder)

Reparei, tanto pela experiência como pelo aspeto, que a rainha que acompanhava essa garfa não estaria provávelmente fecundada, tinha um aspeto de rainha virgem, algo nervosa, aspeto mais esguio, até uns milimetros mais pequena, o enxame era uma pequena garfa indicando que seria uma enxameação secundária, enfim aquelas coisas que a experiência nos vai ensinando.

Reparei também que na altura não havia nenhuma postura no favo que entretanto tinham puxado e que já poderia ter sido usado pela rainha para depositar a sua futura geração. Nada.

Entretanto, alimentei essa pequena garfa, que a alimentação na natureza escasseava, elas próprias tinham armazenado uma quantidade mínima de mel nesse favo que tinham puxado e fui controlando o seu desenvolvimento.

Até hoje, apenas existiu meia duzia de larvas de zangão dessa rainha, foi durante esse tempo fornecido um quadro com criação para tentar ajudar esse enxame, e nada resultou. A rainha tinha (digo tinha porque já não está entre os seres vivos) um bom aspeto, no entanto e provávelmente pelos dias que se seguiram e quando necessitava de ter sido fecundada, não o pode fazer pelo situação climática que se fez sentir.


Hoje procedi á sua captura, forneci a esse enxame uma quadro com alveolo real prestes a nascer, tendo tido o cuidado de préviamente equilibrar os cheiros dentro da colonia, borrinfando todas as abelhas presentes com uma solução açúcarada e com cheiro ativo, no sentido de se aceitarem tanto o quadro que contém o alveolo como algumas abelhas novas que o acompanharam.

Veremos o que vai acontecer.

A mestra morreu em poucos segundos dentro do congelador do frigorifico, isto deu para pensar no que acontece à criação quando abrimos uma colmeia num dia muito frio ...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Reciclando

     Nos últimos tempos comecei a ver à porta das mercearias, algumas caixas de madeira, onde normalmente são distribuídos legumes e frutas, e que segundo os lojistas logo que entregues nas referidas lojas devem ser esvaziadas e colocadas fora das lojas, para cumprimento da lei em vigor.

     Essas caixas, depois de esvaziadas deixam de ter qualquer interesse tanto para o distribuidor que não as pode tornar a usar, mais a mais encarecia-lhe os custos pois teria de arranjar forma de as recolher e poder armazenar, nem para o dono da loja, pois assim que esvaziadas, têm de ser retiradas da loja sendo e acabando no lixo.

     Essas caixas, feitas em madeira de pinho, normalmente em bom ou muito bom estado e de tamanhos normalizados, não tendo interesse qualquer outro interesse, começaram no entanto a despertar a minha curiosidade de forma a poder dar-lhe alguma utilização porque afinal tinha ali um recurso muito útil e sobretudo muito barato !!!



     Depois de ter falado com o dono da loja e ter tido de imediato o seu consentimento, sim porque convém pedir até porque por mais não seja, fica bem, recolhi duas ou três e verifiquei que a normalização das mesmas, mesmo que de fabricantes diferentes, era muito útil, porque assim fosse qual fosse o projeto a matéria prima teria sempre a mesma forma permitindo que depois projetada qualquer utilização, se ficasse interessante o resultado final, seria apenas de ir repetindo o que entretanto tivesse fabricado.


     Comecei por desmanchar uma delas, coisa que não foi difícil, pois em cinco minutos estava feito e o resultado foi o que se vê na foto.



     A primeira coisa que de imediato vi aplicação foi no fundo da própria caixa pois, basta apenas corta-lo á medida de uma colmeia normal e o problema da substituição dos fundos das colmeias, começava a ter material de reserva para poder ser executado quando necessário.


     A madeira tem 5mm, é um pouco fina para isolar no inverno, no entanto o facto de ser madeira tem por exemplo a vantagem de poder ser desinfetada por maçarico coisa que os mininúcleos de esferovite não podem ser. Ao constatar isto resolvi então que a primeira aplicação seria tentar fabricar estes mininúcleos para fecundação de rainhas.



Continua ....