terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Óleos essenciais e o combate à varroa


A minha publicação sobre as equivalências das unidades ditas americanas/inglesas e as portuguesas abriu portas a algumas dúvidas que me tem vindo a ser colocadas em privado, isto porque a publicação em causa se refere diretamente ao controlo da parasitação por varroa e também segundo apontam muitos estudos, à prevenção e controlo da doença do vírus da traqueia nas abelhas.
A parasitação por varroa é um dos mais preocupantes, senão o mais preocupante, problema com que as abelhas e por consequência os apicultores se veem a debater nos últimos anos e avaliar pelo panorama atual da apicultura continua completamente fora de controlo.

Até aqui e sobretudo nos países em que a industria química/fitofarmacêutica maior poder tem sobre os decisores técnicos/políticos, os únicos produtos que têm sido apresentados como solução tem sido aqueles que a referida industria tem tido interesse em comercializar sendo que a sua eficácia tem sido pouca ou nenhuma, basta avaliar os resultados, uns porque não estavam "afinados" para a realidade portuguesa, outros porque tem como base produtos cancerígenos já anteriormente proibidos sobre outras designações, a maioria deles deixando imensos resíduos tanto em mel como em ceras e outros ainda que não passam de placebos.
No entanto a pesquisa sobre formas de combate a este problema não tem parado e há anos que é conhecida a eficácia dos óleos essenciais no combate a esta infestação. Muitos são os estudos já publicados sobre o uso, quantidades e eficácias de vários desses produtos.

Estes produtos são biológicos, compatíveis com o método de produção conhecido por MPB, são mais eficazes que os alternativos propostos pela indústria fitofarmacêutica e sobretudo são mais baratos.
O recurso a estes produtos, normalmente requer uma abordagem diferente do problema da varroa, que passa pelo entendimento do ciclo de reprodução da varroa e interferir ou mesmo inviabilizar o mesmo.

Obviamente que estes produtos, cada um com um diferente grau de eficácia já testado, também matam a varroa por contacto, no entanto a sua melhor eficácia é na inviabilização da reprodução da varroa, sendo isso conseguido pela introdução destes produtos na cadeia alimentar da abelha, através de alimentação suplementar, sólida ou liquida, que o apicultor disponibiliza às suas abelhas e que as mesmas fazem chegar às suas larvas através da alimentação das mesmas.
Obviamente que solução perfeita, ou seja a eficácia dos 100% ainda não foi atingida pelo homem, mas os resultados dos estudos já feitos falam por si, e claro cada um é livre de fazer as suas experiências e tirar conclusões, peço apenas que quem o fizer, respeite todas as boas práticas que vão desde o cuidado com o manuseamento de alguns destes produtos, até a um teste prévio sobre o grau de parasitação das suas abelhas e a necessidade de intervenção.

Quem necessitar de mais informações, sinta-se convidado a colocar as suas questões.
 
(Gaultéria - Wintergreen)

1 comentário:

  1. Gostava de saber que óleos usar, bem como quantidades e metodos,obrigado, luis.costa@iol.pt

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