sábado, 27 de agosto de 2011

Abelhas, vespas e picadelas ...

Muitos têem sido os pedidos que me têem chegado para retirar um enxame de abelhas ou porque picaram alguém ou apenas porque as pessoas nas proximidades ou no caminho têem medo e preferem vê-las longe, e que depois no local venho a verificar que afinal não se tratam de abelhas mas sim de vespas.

Também a própria comunicação social tem feito algum alarme social, normalmente infundado sobre pessoas que têem sido picadas por abelhas, descrevendo o acontecimento muitas vezes da pior forma, caracterizando-o de ataque, deixando em quem os lê ou vê e ouve, quase a sensação que falamos de um grupo terrorista fundamentalista e não lhe chamo martir porque de facto as abelhas, que faço notar que as abelhas não são vespas, quando picam, fazem-no apenas uma vez e morrem de seguida, qual martir suicida :)

Infelizmente e sem medir as consequências de tais comentários ou noticias, não que se deva esconder seja que notícia for, mas criar uma imagem de pânico na sociedade quando se avista uma abelha ou uma vespa  fazendo dela um alvo a abater e ignorando todo o peso e importância ambiental que qualquer um dos dois insetos tem no equilibrio da diversidade e até controlo biologico, é no minimo irresponsável, faz lembrar uma noticia que circulou na comunicação social de que "havia tubarões nas praias algarvias" isto dito em pleno agosto, claro que as pessoas assustam-se, alguém que diga que há imensas especies de tubarões nas águas portuguesas e que isso é absolutamente normal e sem fazer disso notícia ou alarmismo fútil e idiota.

Voltando ao tema inicial e socorrendo-me um pouco da Wikipédia, tentando descrever as diferença entre vespas e abelhas diz-nos a wikipedia e sintetizando, que:

"As vespas são insetos pertencentes à ordem dos himenópteros e são responsáveis pela polinização de diversas espécies de plantas. As subordens Apocrita ou Symphyta. As larvas da ordo (ordem) Apocrita são usualmente carnívoras ou parasitóides, enquanto que as da Symphyta são herbívoras.

Vespa
Características
As seguintes características estão presentes na maioria das vespas:
Ninho de vespa

Dois pares de asas (excepção: fêmeas da família Mutillidae, Bradynobaenidae, muitos machos da família Agaonidae, muitas fêmeas da família Ichneumonidae, Braconidae, Tiphiidae, Scelionidae, Rhopalosomatidae, Eupelmidae, e outras famílias)
Um ovipositor ou um ferrão (apenas presente nas fêmeas porque deriva do ovipositor)
Escasso ou nenhuma pilosidade (em contraste com as abelhas). Excepção: Mutillidae
Abelha melifera
 
A maior parte é de vida terrestre, havendo um conjunto de vespas parasitóides de vida aquática da familia Chalcidoidea entre as quais pertencentes à família Trichogrammatidae, Mymaridae e Eulophidae que parasitam coleópteros da família Dytiscidae, Hygrobiidae entre outros.
Predadores ou parasitas, maioritariamente de outros insetos; algumas espécies de Pompilidae, especializaram-se em utilizar aranhas.
Controle Biológico
As vespas são extremamente importantes no controle biológico uma vez que quase todos os insectos considerados como praga têm uma vespa como predador natural. A estrutura do ninho lembra o das abelhas formado por células hexagonais. A rainha do grupo vive no centro da construção."

Apialentejo

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Decisões

     Mais um ano apicola está prestes a terminar, eu pelo menos assim o considero, porque tal como as restantes actividades agricolas, o objectivo é a produção, a recolha e no caso da apicultura penso que a maioria dos apicultores ja terá feito a sua cresta, ou aqueles que se situam em zonas que o permitam, eventualmente aguardam pelo fim das ultimas florações para recolherem o resto da produção.

     No meu caso, este ano e se nada de anormal se passar já não vou retirar mais mel, no entanto outro problema agora se começa a colocar. 

     As colmeias estão super povoadas, existe um excesso de população que se não existir intervenção humana pode acabar em enxameação, e isso é um fenómeno que nenhum apicultor, deseja porque no mínimo lhe reduz a "capacidade laboral" qual linha de montagem que de repente se vê privada dos operarios.

     Claro que as minhas mestras têem uma asa cortada já precavendo a hipótese de resolverem mudar de "casa", assim estando impossibilitadas de voar não podem ir longe o que leva no caso de enxameação a que a mesma caia logo em frente da colmeia e que as abelhas que a acompanhavam sejam forçadas a mudar de ideias e a voltar para a colmeia, apenas o processo de enxameação foi iniciado, há novas mestras para nascer ou mesmo já nascidas e o mais provável é que as abelhas tornem a tentar enxamear.

     O que fazer ?

    Dividir o enxame, criando assim um novo núcleo, no sentido de diminuir a população?. É uma hipótese, provávelmente a mais sensata, pudesse eu adivinhar o tempo que aí vem, corro o risco de ficar sem mestra na colmeia, corro o risco de no novo núcleo elas não serem capazes, por variados factores, de não conseguirem produzir uma nova mestra, corro mesmo o risco de essa nova mestra não consguir fecundar-se até pela normal diminuição de zangãos, corro o risco de perder o núcleo devido a tempo adverso ou até mesmo á incapacidade da mestra em criar ou manter uma população que lhe permita atravessar o outono e inverno sem problemas.

     Posto isto, de facto o que posso ou devo fazer ?

     Ponderando os riscos atrás enunciados, houve alguns que antecipei, ou seja, não corro o risco de não conseguir uma mestra fecundada, pois atempadamente produzi as minhas mestras antecipando estas situações, esta opção que tomei há três semanas atrás permitiu que hoje eu tenha mestras prontas a ser introduzidas num núcleo ou

Flor de eucalipto

 mesmo numa colmeia em que a mestra por qualquer razão tenha de ser substituida ou tenha mesmo morrido. O único factor que posso tentar prever mas que continua incontrolável é o tempo que vai fazer, se for de feição eu não tenho que alimentar os núcleos, se não for, lá terei que fazer mais visitas ao apiário nos dias de outono e inverno para as alimentar, ou pelo menos até começar a floração do eucalipto.

    Isto é o que eu vou fazer nos próximos dias com as minhas abelhas.

Apialentejo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Apresentação


Diz-nos a wikipédia que um (português brasileiro) ou blogue (português europeu) , faço esta nota porque com estas coisas do novo acordo ortográfico, nem sei bem como devo escrever nem as novas regras de escrita que devem ser usadas, daí que daqui  para o futuro qualquer erro de escrita vai ter sempre origem no dito cujo acordo ortografico, no entanto e voltado ao inicial diz-nos a wikipédia que e retomando, é a(Contração (gramática) do termo inglês Web log, diário da Web) é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou Post (publicação). Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.
Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como Diário (agenda) Online. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da Web e mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos blogs.


Flor de girassol - pormenor dos estames e do pólen

Neste caso concreto e depois desta introdução/apresentação vou tentar fazer deste blog para além daquilo que os blogs devem ser, ser também uma fonte de partilha de conhecimentos, de experiências, de sucessos e também de insucessos, tentado mostrar que a apicultura para além de ser uma interessante fonte de rendimentos, é também fundamental para o equilibrio biológico sendo ao mesmo tempo um passatempo ou terapia ocupacional que pode trazer a quem a pratica uma fonte quase inesgotável de prazer.

Apialentejo