segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Traça !!!


A traça como normalmente é conhecida entre os apicultores é um dos problemas apícolas, que maiores prejuízos económicos causa aos apicultores.

Penso que pode ser definida como uma infestação oportunista, não das abelhas propriamente ditas, mas do seu meio ambiente dentro da colónia, ou seja dos quadros de cera onde normalmente as abelhas guardam as reservas para os tempos de escassez.

Este problema inicia-se pela entrada nas colónias das traças, onde as mesmas vão fazer a sua postura de ovos, preferindo os quadros que no futuro vão assegurar alimentos à geração seguinte de traças, preferindo para o efeito dos quadros com reservas de pólen. Carateriza-se pela criação e uma teia “desordenada” de fios de seda, produzidos pelas larvas, que vão comendo a cera e o pólen e em simultâneo vão construindo galerias ao longo do interior dos quadros, e não só, provocando por isso a sua destruição. As abelhas ficam impossibilitadas de remover as larvas pois as mesmas protegem-se com a teia que criam e que normalmente serve de invólucro ao seu futuro casulo que lhe vai permitir a sua metamorfose.


 Com a chegada do final da época apícola, os enxames tendem a reduzir a sua população, este ano com a agravante de escassez de reservas, faz com que a maioria dos enxames tenda a ter quadros vazios de população embora esses mesmos quadros possam conter algumas reservas sobretudo reservas de pólen.

Enxames fracos, quadros pouco ou nada ocupados de abelhas são as condições essenciais para os ataques de traça, cuja melhor prevenção passa sobretudo por tentar manter os enxames fortes, mas quando isto não é possível e ainda que não goste de fazer menção direta a nenhuma marca, a única coisa aparentemente eficaz no seu combate é um produto que conheço sobre a designação de "cerapol", que é um produto preparado na altura e com a solução obtida se pulverizam os quadros. Este produto, que são esporos, ao ser ingerido pelas larvas, provocam a sua morte, não afetando, nem as abelhas nem o ser humano.
Este mesmo problema existe fora da colmeia nas ceras que o apicultor tenta manter para a época do ano seguinte, e onde os estragos são novamente muito elevados.
Neste caso, o apicultor pode tentar preservar as ceras atraves do congelamento das mesmas tentando atraves desta técnica matar ou eventuais ovos ou larvas que eventualmente existam.
Outra forma e porque se sabe que tanto as larvas como a propria borboleta detesta a luz, é dentro do possivel expor os quadros à luz do dia ou numa tentativa de evitar que as borboletas procurem as ceras, proteger os locais de armazenamento com a chamada luz negra.

4 comentários:

  1. Ola boa tarde.
    Eu sou muito novo no mundo da apicultura e por isso ainda muita falta de experiencia. Hoje deparei-me com uma colmeia com dois quadros idênticos aos das imagens , cheios de teia e larvas. Que devo fazer?

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  2. Se o que encontrou for igual às imagens mostradas é mau sinal. Deve limpar ou preferencialmente remover os quadros mais atacados e se for o caso e ainda houver alguma coisa para aproveitar de ceras, derreter essas ceras. Limpar os quadros menos atacados e polverizá-los com o Bacillus Turigiensis (entre outros nomes comerciais é conhecido por CERAPOL). Esse produto pode ser aplicado mesmo por cima dos quadros de mel e em todos os quadros vazios. Entre o último quadro atacado e o primeiro limpo mete um quadro com uma folha de cera.

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  3. Em qualquer casa da especialidade, penso eu, no entanto e porque o CERAPOL é caro o mesmo pode ser substítuido por outros produtos exactamente iguais mas com nomes diferentes, caso por exemplo do TUREX, ou outros. este tipo de produtos encontra-os facilmente nas lojas de venda de produtos para a agricultura biológica. Tem sobretudo de procurar o BACILUS THURINGIENSIS

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