Imensos apicultores não gostam de zangões. Os zangões são maus, só comem, só dão despesa por assim dizer, coitados, então agora nesta época de crise ainda são mais mal vistos. Os zangões, obviamente são normais e necessários numa colónia. Numa colmeia saudável e no pico da primavera estima-se que a sua população possa ser até 15% da população total da colmeia. Á cerca de 100 anos ou mais que se argumenta que os zangões comem mel, e não produzem nada para a colmeia, e que se deve tentar controlar a população de zangões, para que a colmeia seja mais produtiva. Todas as pesquisas demonstram o contrário ou seja se não interferirmos na população de zangões que as abelhas entendam por necessária, essa colmeia é mais produtiva. Se limitarmos a população de zangões a produção dessa colmeia vai diminuir. Se tentarmos controlar a população de zangões através da introdução de cera própria para a produção de zangões e depois de a mestra lá ter feito postura, para de seguida retirar e controlar assim o número de zangões, as abelhas, e sendo obrigadas a repetir o esforço da feitura de nova cera, logo menos produção, vão acabar por criar o mesmo número de zangões que tentamos controlar de inicio, sendo apenas uma completa perda de tempo por parte do apicultor.
Até hoje ainda não se entendeu completamente o papel do zangão na colónia, no entanto eles são obviamente fundamentais na fecundação de rainhas seja ela livre ou por inseminação artificial da mestra. Comem mel de facto, mas não sendo fácilmente mensurável, colónias com mais zangões tendem a ser mais dóceis de manusear, mas como disse é algo que não é fácilmente mensurável.
Por fim e em jeito de defesa dos zangões, eles não picam, não têm ferrão.
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