Começa a aproximar-se a estação suprema da apicultura, ou seja a explosão primaveril de flores, com os respetivos pólens e néctares. No entanto e devido ao aumento da temperatura ambiente em conjunto com a existência de muita humidade tanto no ar como dentro das colmeias, esta é também a altura ideal para o aparecimento da maioria das doenças das abelhas. Dentro dos problemas relacionados com as abelhas, um deles, quiçá o mais importante ou no mínimo um dos maiores focos de disseminação de doenças nas abelhas é a varroa ou varroose, que não sendo uma doença, é uma parasitação, abre caminho ao aparecimento de outras doenças associadas à sua presença. Sendo um problema da abelha adulta, para quem não sabe a varroa é um parasita em tudo semelhante a uma pequena carraça, que se agarra e suga a hemolinfa ou seja o sangue das abelhas debilitando-as e levando a abelha adulta a uma morte prematura, no entanto este parasita reproduz-se na criação das abelhas, nas suas larvas. Por nesta altura ainda não existir no ninho de uma colmeia de abelhas melíferas, um grande numero de criação é a altura ideal para testar a presença deste acarro antes de qualquer tentativa de o exterminar, evitando não só tratamentos desnecessários que se traduzem em investimento económicos desnecessários bem como evita também que o acaro ganha resistências aos produtos usado no seu combate. Daí que antes de qualquer intervenção deve ser feito um teste da presença e percentagem de parasitação. Vários são os métodos simples com isso pode ser feito sendo que o mais prático de ser realizado é feito polvilhando as abelhas com açúcar em pó, na colmeia sujeita a este teste é previamente colocada uma cartolina branca, engordurada por exemplo com óleo alimentar ou azeite, é colocada no fundo da colmeia e vai servir para que no fim do teste se possam ver, ou não as varroas caídas. É um teste muito pratico e permite também um tratamento de emergência que reduz quase de instantâneo a carga de parasitas nas abelhas, não pode no entanto ser considerado um tratamento. O método de funcionamento deste teste é do mais simples possível, as abelhas são polvilhadas com o açúcar e por este facto entram num frenesim de limpeza que leva a que se limpem do parasita, esse parasita cai no fundo da colmeia ficando preso na cartolina engordurada. Este teste peca por não ser possível determinar uma percentagem de infestação. Outro teste também simples de realizar e que já permite cacular uma percentagem de infestação é capturar do ninho uma quantidade de abelhas, fecha-las num frasco ao qual se junta água cum por exemplo umas gotas de detergente da loiça. O frasco é agitado, as abelhas morrem e as varroas soltam-se do seu hospedeiro. No fim filtra-se tudo através de um pano preferencialmente branco, que vai permitir contar o número de varoras encontradas, ao mesmo tempo contam-se as abelhas sujeitas ao teste e é fácil de encontrar a potencial percentagem de infestação, por exemplo contamos 60 abelhas e encontramos 10 varroas temo suma percentagem de 16.6% ((10 x 100) /60 =16.6). Ficam links com vídeos exemplificativos dos processos descritos
Só faltou explicar os níveis de infestação (percentagens) a que se deve proceder de imediato a tratamento, ou tratamento menos urgente.
ResponderEliminarCumprimentos,
Pedro
Recomenda-se que uma percentagem de infestação igual ou inferior a 5% não seja atacada de imediato, aguardando-se para a próxima época de controlo, normalmente 6 meses depois ou seja início do outono ou início da primavera.
ResponderEliminarPercentagens superiores a 5% devem ser alvo de um ataque imediato, tendo em atenção o produto a utilizar e a inerente retirada dessa colmeia de produção, ou não, de acordo com cada produto.