A minha publicação sobre as equivalências das unidades ditas
americanas/inglesas e as portuguesas abriu portas a algumas dúvidas que me tem
vindo a ser colocadas em privado, isto porque a publicação em causa se refere
diretamente ao controlo da parasitação por varroa e também segundo apontam
muitos estudos, à prevenção e controlo da doença do vírus da traqueia nas
abelhas.
A parasitação por varroa é um dos mais preocupantes, senão o
mais preocupante, problema com que as abelhas e por consequência os apicultores
se veem a debater nos últimos anos e avaliar pelo panorama atual da apicultura
continua completamente fora de controlo.
Até aqui e sobretudo nos países em que a industria química/fitofarmacêutica
maior poder tem sobre os decisores técnicos/políticos, os únicos produtos que têm
sido apresentados como solução tem sido aqueles que a referida industria tem
tido interesse em comercializar sendo que a sua eficácia tem sido pouca ou
nenhuma, basta avaliar os resultados, uns porque não estavam
"afinados" para a realidade portuguesa, outros porque tem como base
produtos cancerígenos já anteriormente proibidos sobre outras designações, a
maioria deles deixando imensos resíduos tanto em mel como em ceras e outros ainda
que não passam de placebos.
No entanto a pesquisa sobre formas de combate a este
problema não tem parado e há anos que é conhecida a eficácia dos óleos
essenciais no combate a esta infestação. Muitos são os estudos já publicados
sobre o uso, quantidades e eficácias de vários desses produtos.
Estes produtos são biológicos, compatíveis com o método de
produção conhecido por MPB, são mais eficazes que os alternativos propostos
pela indústria fitofarmacêutica e sobretudo são mais baratos.
O recurso a estes produtos, normalmente requer uma abordagem
diferente do problema da varroa, que passa pelo entendimento do ciclo de
reprodução da varroa e interferir ou mesmo inviabilizar o mesmo.
Obviamente que estes produtos, cada um com um diferente grau
de eficácia já testado, também matam a varroa por contacto, no entanto a sua
melhor eficácia é na inviabilização da reprodução da varroa, sendo isso
conseguido pela introdução destes produtos na cadeia alimentar da abelha, através
de alimentação suplementar, sólida ou liquida, que o apicultor disponibiliza às
suas abelhas e que as mesmas fazem chegar às suas larvas através da alimentação
das mesmas.
Obviamente que solução perfeita, ou seja a eficácia dos 100%
ainda não foi atingida pelo homem, mas os resultados dos estudos já feitos
falam por si, e claro cada um é livre de fazer as suas experiências e tirar conclusões,
peço apenas que quem o fizer, respeite todas as boas práticas que vão desde o
cuidado com o manuseamento de alguns destes produtos, até a um teste prévio sobre
o grau de parasitação das suas abelhas e a necessidade de intervenção.
Quem necessitar de mais informações, sinta-se convidado a
colocar as suas questões.
Gostava de saber que óleos usar, bem como quantidades e metodos,obrigado, luis.costa@iol.pt
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