sábado, 17 de março de 2012

Brincando com abelhas .. Cap. I

Vou dar inicio aqui a uma descrição de uma experiência que espero ser bem sucedida.

Hoje, durante uns trabalhos apicolas, realizados "sobrou" um quadro com uma cera estragada e com um pouco de favos puxados e um pequeno punhado de abelhas.

A primera tentação foi sacudir as abelhas a deitar fora a cera que lá estava.



No entanto, e para ser exato na descrição, devo dizer que foi o meu filho que depois de olhar com mais atenção viu que o mesmo estava populado com abelhas novas e que as mesmas se encarregavam de tratar de alguma criação aberta que havia na pouca cera que as abelhas tinham construido nesse quadro, havia também alguma criação já celada no quadro e sobretudo havia alguma criação viável para a tentativa de criação de uma mestra, pelas abelhas.


Por proposta/desafio dele, preservamos esse quadro com as abelhas que o ocupavam, e predispusemo-nos, partindo de um punhado de abelhas que o populavam, presumo que não mais de 250, tentar levar as abelhas a produzir uma mestra e a construir uma nova colónia. Claro que isto para quem lida com abelhas e sobretudo com a produção de raínhas não é novidade nenhuma, pois sabemos que com uma pequena quantidade de abelhas se consegue fecundar uma mestra e por consequência desenvolver uma nova colónia, mas aqui o desafio é diferente, nós não temos, nem vamos fornecer nenhuma mestra, temos apenas larvas com viabilidade possível para as abelhas produzirem uma nova mestra para elas.


Foi cortado o quadro de meia alça langstroth que era o suporte físico onde elas estavam de forma a caber dentro do núcleo disponível e foi, para não stressar mais as poucas abelhas, metido num núcleo reversível de "roofmate" . que possuimos para a produção de núcleos de abelhas.


O procedimento adotado foi o afastar esse núcleo alguns kms do local de origem, até porque o apiário não era nosso, foram, como disse, acomodadas num núcleo reversível e alimentadas com xarope de açúcar, e pronto, isto teria ficado por aqui se durante o fornecimento de xarope alimentar não tivesse sido verificado a total ausência de qualquer alimento, condição que á partida condenava tudo irremediávelmente.


Posto isto decidiu-se fornecer mel, que foi previamente fervido na tentativa de o isentar de transporte de alguma possível doença, que seria fatal para o pequenissimo número de abelhas disponíveis.


E pronto, começou a aventura e termina aqui o primeiro capítulo da mesma, vamos esperar 4 dias a contar de hoje e verificar se as abelhas são capazes de produzir uma mestra com aquilo que dispõem, se o conseguirem, daqui a 4 dias vamos ter pelo menos, uma célula real já iniciada.

Continua ...

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